Polícia poderá usar técnicas do caso Eliza Samudio para desvendar morte de Maiara

Polícia poderá usar técnicas do caso Eliza Samudio para desvendar morte de Maiara

Webmaster 20/02/2013 - 08:42
O misterioso desaparecimento e assassinato da doméstica são-carlense Maiara Cristina de Oliveira, 25, que estava grávida de 7 para 8 meses, começa a ganhar uma nova linha de investigação, pois alguns pontos sobre o dia do crime, o encontro e em que situação estaria o cadáver localizado na área rural de Leme e o sumiço do bebê que a mulher carregava no ventre, apontam por uma semelhança no caso da modelo Eliza Samudio, que embora tendo seu filho vivo, a mando do ex-goleiro Bruno, seu amante, no final do mês de junho de 2010, foi encaminhada do Rio de Janeiro para Minas Gerais, onde foi torturada, assassinada e até hoje a polícia não conseguiu apontar onde poderia estar os restos mortais da mulher que tentava um reconhecimento de seu filho por parte do goleiro do Clube de Regatas Flamengo.

O caso vem sendo analisado pela equipe do delegado Luiz Armando Goyos Ferreira Filho da Polícia Civil de Leme, que segundo a reportagem apurou já requisitou algumas análises e exames sobre o corpo de Maiara, bem como esteve em São Carlos e no sub-distrito de Santa Eudóxia, por duas vezes onde residia a doméstica que estava grávida de um menino de 7 para 8 meses, o qual misteriosamente desapareceu de seu ventre.

Ouvido pela reportagem Luiz Armando disse que não poderia falar sobre o assunto, pois, estaria reunindo provas sobre a morte de Maiara e ele estaria tentando saber o que realmente aconteceu e os motivos para o corpo aparecer em uma mata da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, na área rural de Leme.

Na última quinta-feira (14), o delegado Luiz Armando Goyos Ferreira Filho se reuniu com a Promotoria Pública de Leme e teria solicitado o envio do inquérito policial, baseado no Registro Digital de Ocorrência (RDO) nº 23/2013, que fala sobre o encontro do corpo de Maiara, a qual por volta das 19 horas do dia 3 de Janeiro deste ano, teve seu corpo localizado nas terras da Fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Leme. A promotoria encaminhou parte do inquérito policial formalizando o pedido para que o misterioso crime seja encaminhado para a Delegacia Seccional de São Carlos, pois segundo os primeiros levantamentos a preparação do crime teria se dado após o natal de 2012 em São Carlos, bem como o início da execução do bárbaro crime teria se dado em plena avenida São Carlos, quando Maiara, desapareceu também pela manhã do dia 3 de Janeiro. O Juiz Fábio Evangelista de Moura, titular da Vara Criminal de Leme, está analisando o pedido e avalia junto ao Ministério Público a possibilidade da transferência do processo que seria de uma comarca para outra.

Na próxima semana deverá sair um resultado final e seja ele qual for, as primeiras testemunhas e o próprio acusado como sendo o mandante do crime deverão ser requisitados para falar oficialmente sobre um dos mais bárbaros crimes registrados na região.

DESAPARECIMENTO

Também ouvida a delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Carlos, Denise Gobbi Szakal informou que registrou o desaparecimento de Maiara na tarde do dia 7 de janeiro e segundo a autoridade policial, familiares relatavam sobre dois telefonemas ameaçadores que Maria Aparecida de Oliveira, 42, mãe de Maiara, teria recebido logo após o misterioso desaparecimento da filha que na manhã do dia 3 de janeiro, teria a comunicado que estaria deixando o sub-distrito de Santa Eudóxia e seguia para São Carlos, onde na companhia do pai de seu filho compraria em uma loja da cidade um berço para o menino que nasceria em março. Segundo a delegada Maiara, teria desembarcado de um coletivo na avenida São Carlos, defronte a praça do velório municipal e posteriormente teria adentrado em um veículo e desapareceu. Denise diz ter certeza que Maiara, foi ludibriada e levada para o ponto onde teria se encontrado com a pessoa que está sendo investigada. Ela também informou que a doméstica teria sido assassinada em decorrência da gravidez e o pai da criança seria mentor do crime, porém ela disse que as investigações corre por Leme e ela nada mais poderia fazer a não ser encaminhar o registro de desaparecimento da doméstica para conclusão dos trabalhos.

PATERNIDADE

Um dos amigos que pediu anonimato relatou que Maiara, teria se envolvido com um homem casado de 53 anos, o qual ao ser informado que a garota estaria grávida disse que tinha família e esta criança não poderia aparecer, pois sua vida poderia virar um inferno. Ainda segundo o rapaz Maiara, nos últimos dias a doméstica teria lhe confidenciado que o pai da criança dizia que ela deveria levar esta gravidez em silencio e não mais falar sobre o pai. Por outras vezes ele teria proposto que Maiara abortasse a criança e em algumas vezes dizia para ela esperar o menino nascer para eles realizarem o teste de paternidade e se fosse seu, ele assumiria e daria todo amparo desde que a família dele não soubesse do relacionamento entre ambos.

PRESSENTIMENTO

Ao saber que um parente e a mãe de Maiara, teria reconhecido o corpo de sua filha através de fotos na manhã do dia 8, no Instituto Médico Legal (IML) de Limeira e na Delegacia de Polícia de Leme, “Berto” se revoltou dizendo que o homem que teria tirado a vida de sua filha era conhecido da família e todos sabiam que ele seria o pai da criança. Roberto Carlos Laureano também disse que já estava pressentindo algo, pois, Maiara, estava estranha e ele acredita que ela já sabia que poderia estar correndo perigo e não informou a família para não colocar outras pessoas em risco. Ainda segundo “Berto”, no dia 27 de dezembro do ano passado, acompanhada do pai da criança, Maiara, teria empreendido viagem para Casa Branca, onde rapaz dizia que resolveria um problema com a documentação de um veículo, mas segundo Maiara teria relatado ao pai, o rapaz recebeu um telefonema ainda na estrada e eles entraram em um local que ela não sabia e após conversar com outro homem, Maiara e o pai de seu filho regressaram á São Carlos. “Berto Laureano”, diz ter certeza que naquele dia o pai da criança teria preparado a morte de sua filha e o desaparecimento de seu neto que a família ainda acredita que o mesmo estaria vivo. Como toda família, “Berto Laureano” diz que aguarda o trabalho da polícia e principalmente as providências da Justiça Criminal.

EXUMAÇÃO

Um tio de Maiara, identificado apenas por Rubens, também concordando em falar sobre o misterioso crime confirmou que foi ele quem reconheceu o corpo da sobrinha, por fotos no IML de Limeira e na Polícia Civil de Leme, bem como teria sido ele sempre acompanhado da mãe de Maiara que participou da exumação do corpo da doméstica no cemitério municipal de Leme e segundo ele a garota sepultada como indigente, devido a falta de identificação estava enterrada em um “Bag” (saco de transporte de morto) transparente só com a bermuda que vestia no dia em que saiu de casa na região de São Carlos. Rubens disse que foi ele quem encaminhou para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos os exames de gravidez de Maiara, bem como ela já teria escolhido o nome do filho. Sobre o registro do desaparecimento após uma semana do sumiço de Maiara, ele disse que a família foi obrigada a deixar a polícia fora do caso, pois acreditava que os marginais a liberariam. Como os demais familiares, Rubens, acredita que o pai da criança encomendou a morte do próprio filho e de Maiara, que teria comentado que assumiria sozinha a criança, mas mesmo assim foi sacrificada e de uma forma cruel.

A Polícia Civil de Leme procura os detalhes sobre o desaparecimento da criança que estaria prestes a nascer, as causas e como teria sido assassinada Maiara que recebeu três tiros pelas costas e quem mais teria participado da trama com o pai da criança que nega ser o mandante do crime e diz que estaria em uma reunião na região central da cidade de São Carlos quando a garota foi morta.

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