Pesquisador de São Carlos volta ao Brasil após ser empossado em Roma

Pesquisador de São Carlos volta ao Brasil após ser empossado em Roma

Webmaster 20/11/2012 - 08:49
Vanderlei Bagnato integra equipe na Academia de Ciências do Vaticano.
Professor realizou diversos trabalhos inovadores, como relógio atômico.


Um pesquisador da USP de São Carlos (SP) agora tem livre acesso ao Vaticano. De volta ao Brasil, Vanderley Bagnato trouxe uma medalha que recebeu do papa Bento XVI por ser membro da Academia de Ciência em Roma.

“Ele pegou na minha mão e perguntou sobre o Brasil, a importância que a ciência tem. A gente tem que entender que o Brasil é um país em que todo o mundo está apostando, inclusive o papa”, disse Bagnato, que é mestre e doutor em física.

Cerca de 70 pesquisadores de vários países fazem parte da Academia e Bagnato é o único pesquisador que mora no Brasil. Na cerimônia de posse, realizada no último dia 7 com a participação de representantes da igreja católica, o professor recebeu das mãos do papa a medalha que, para o cientista, representa um passaporte para o Vaticano.

O pesquisador tem fé que a ciência se torne uma ligação entre os povos. “A colaboração científica só aproxima as pessoas e resolve problemas sociais. O Vaticano certamente está preocupado em utilizar a ciência dessa maneira e utilizá-la além do avanço do conhecimento. Está interessado no progresso da humanidade e tudo o que está ao seu redor”, disse.

Academia
A Academia foi criada em 1603 em Roma. Em mais de 400 anos passaram por lá grandes cientistas, como Galileu. Hoje o grupo se reúne com o papa para falar sobre questões científicas polêmicas para a igreja.

A equipe liderada por Bagnato já realizou diversos trabalhos inovadores, como um relógio atômico que mede o tempo com precisão. O professor também se destacou por pesquisas com o uso do laser na odontologia e na medicina. Entre os aparelhos desenvolvidos na USP está um equipamento usado para o diagnóstico e tratamento de um tipo de câncer de pele.
“Foi muito importante para mim e eu considero uma contribuição que eu dei para a sociedade brasileira, disponibilizando a ela aquilo que pode ter de mais moderno em tecnologia para o seu próprio tratamento da saúde”, disse o pesquisador.

A Academia de Ciência do Vaticano conta ainda com outro brasileiro, Miguel Nicolelis, mas ele mora nos Estados Unidos.

Fonte: G1 São Carlos



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