Pesquisadores conseguem eliminar bactérias a partir da nanotecnologia

Pesquisadores conseguem eliminar bactérias a partir da nanotecnologia

Webmaster 16/05/2012 - 08:41
UFSCar e a Unesp de Araraquara desenvolveram bactericida com a prata.
Ativo já é usado por indústrias na fabricação de bebedouros e purificadores.


Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Unesp de Araraquara desenvolveram um bactericida com a ajuda da nanotecnologia. Agora, muitos produtos saem da fábrica com garantia contra bactérias.

As micropartículas, feitas de cerâmica e prata, medem apenas um bilionésimo de metro.
O material incorporado ao plástico se torna um bactericida natural e permanente. Ele não é tóxico e consegue eliminar 100% das bactérias.

Uma experiência feita em laboratórios mostra a eficácia da tecnologia. Uma maça e um tomate guardados em um recipiente plástico feito com o aditivo duraram 23 dias a mais do que os que estavam em um pote de plástico comum.

A prata, um metal nobre, é fundamental nesse processo. “Ela é um ativo bactericida já conhecido há muito tempo. O que não se conseguia era utilizar a prata no plástico ou numa concentração que fosse segura e com custo beneficio. Hoje nós conseguimos trazer isso para o mercado”, disse Daniel Minozzi, diretor comercial da empresa Nanoxi, que surgiu a partir dos institutos de química da Unesp e da UFSCar.

A nanotecnologia já é aplicada há vários anos na indústria. Uma delas, em São Carlos, usa as nanopartículas com propriedades bactericidas na fabricação de bebedouros e purificadores. “Esse aditivo entra nessas peças que estão expostas para que não ocorra a criação de bactérias nessa superfície”, disse o gerente de pesquisa e desenvolvimento da indústria, Ronis Paixão.

O aditivo pode ser usado em outros produtos. “Você pode ter roupas, tintas e embalagens com nanotecnologia”, destacou Elson Longo, professor da Unesp e da UFSCar.

Nas lojas já é possível comprar tapetes e secador de cabelos, que usam nanotecnologia. A aplicação pode ser microscópica, mas o resultado já é visível. “Uma tecnologia produzida em São Carlos e vendida atualmente para o mundo”, disse Longo.

Fonte: G1 São Carlos

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