Ex-alunos entram na Justiça contra centro universitário de São Carlos

Ex-alunos entram na Justiça contra centro universitário de São Carlos

Webmaster 30/04/2012 - 13:46
Curso de manutenção de aeronaves não é homologado pela Anac.
Unicep havia prometido regularizar a situação segundo os estudantes.


Ex-alunos do curso de Tecnologia em Manutenção de Aeronaves do Centro Universitário Central Paulista (Unicep), em São Carlos (SP), entraram na Justiça contra a instituição. Os estudantes afirmam que a Unicep não cumpriu a promessa feita, no início do curso, de que regularizaria a situação com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O registro no órgão federal é necessário para que na conclusão do curso os alunos formados recebam a Carteira de Mecânico de Manutenção Aeronáutica (MMA), que é expedida pela Anac. O documento é exigência fundamental das empresas de aviação.

Mario Willian de Souza Privatti se formou no final de 2011 e como não conseguiu a carteira não arrumou trabalho na área. “Eu comecei o curso em 2009. Fiz todas as matérias sem reprovar em nenhuma e agora não consigo emprego”, disse.

Privatti, que é morador de Pirassununga (SP), disse que pagou mensalmente uma mensalidade entre R$ 450 e R$ 475 nos três anos de curso. Como reside a 77 quilômetros de distância do campus 2, onde é ministrado o curso, gastou mais R$ 300 mensais no transporte de van.

Ao todo, o investimento foi de aproximadamente R$ 28 mil. “Eu gastei muito dinheiro, investi nessa qualificação e esperava que o mínimo que o Unicep fizesse fosse cumprir a promessa feita”, contou.

Desde 2010
O empresário de Descalvado (SP) Flávio Glaser também se formou técnico em manutenção de aeronaves pelo Unicep. Ele fazia parte da turma que ingressou em 2007 e se formou em 2010.

Desde então, Glaser afirmou que aguarda a homologação do Unicep na Anac. “Eu e os outros alunos que se formaram guardamos todos os documentos com a assinatura da faculdade com a promessa de regularização da instituição na Anac, mas até agora nada”, contou.

De lá para cá, o empresário disse que muitas oportunidades de emprego foram perdidas. “Desde que me formei, eu perdi muitas vagas. Fiz entrevista até na TAM em São Carlos, mas acabei não sendo chamado por causa da carteira.”, revelou.
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