Mulher sente-se constrangida ao ver que cão recebeu “tatuagem” após ser castrado

Mulher sente-se constrangida ao ver que cão recebeu “tatuagem” após ser castrado

Webmaster 27/04/2012 - 15:11
Em nosso link “Boca no Trombone” recebemos diariamente inúmeras reclamações, que relatam problemas em diversas partes da cidade, e na última quarta-feira recebemos uma reclamação de nossa leitora Carina Paulino, que se sentiu completamente constrangida ao receber o atendimento da Prefeitura Municipal, quanto à castração de seu cão.

Segundo Carina, a mesma levou seu cão na segunda-feita (23) para receber o procedimento de castração, já que a mesma gostaria de contribuir para o controle de natalidade canina, porém para sua surpresa, e espanto, ao chegar com seu cão em casa pode perceber que o mesmo havia recebido, além do procedimento de castração, uma tatuagem em sua orelha, com os dizeres “L0054”, de forma grande e grotesca, perceptível mesmo se o animal estiver a certa distância.

Indignada Carina procurou o veterinário que realizou o procedimento em seu cão, porém o mesmo orientou-a a procurar a Secretaria de Agricultura para receber maiores informações. Na secretaria lhe foi informado que a “tatuagem” passou a ser adotada para identificar o cão castrado, porém existem inúmeras formas de identificar um animal, que vão desde uma tatuagem até o uso de microchip, mas o fato que gerou grande constrangimento na proprietária do cão foi o fato de primeiramente não ter sido informada sobre isso, bem como o tamanho e proporção da tatuagem. A redação do Descalvado Agora procurou profissionais da área que nos disseram que a tatuagem pode ser usada, porém de forma discreta, podendo ser feita do lado interno do lábio do cão ou até mesmo em outras partes do corpo do animal que ficassem menos visíveis.

Quanto a codificação usada no cão a Secretaria de Agricultura informou a Carina que se tratava no número da licitação para o serviço, ou seja “L0054”. Acreditamos que ninguém pode se sentir constrangido ao receber um atendimento público gratuito, porém o fato ocorrido gerou constrangimento a família da proprietária do cão, já que todos ao verem o cão irão saber que ele foi castrado através do processo licitatório 0054.

Entramos em contato com a Ouvidoria da Prefeitura Municipal quanto a esse fato e nos foi informado, via email, que o procedimento de “tatuagem” foi adotado para que além do controle dos procedimentos realizados, a “tatuagem” seja um “instrumento de transparência, já que também neste caso é necessária a prestação de contas”. Acreditamos que existem outras formas bem mais eficazes de prestar contas e de exercer a transparência com o gasto público, diferentemente de tatuar um cão.

Ainda segundo o email da Ouvidoria, a usuária do serviço público Carina teria sido avisada e instruída quanto ao procedimento, fato negado por ela.

Segundo cão
Carina ainda possui um segundo cão que receberá o mesmo procedimento, porém a mesma irá “acompanhar de perto” para que essa tatuagem seja feita de forma discreta, e em uma parte reservada do corpo do animal. Vale ressaltar que esse segundo cão, foi acolhido pela denunciante após a mesma ter se sentido sensibilizada com a situação dele, pois a alguns dias o cão foi levado ao Canil Municipal, já que o mesmo não tinha dono, porém o mesmo não foi recebido pelo Canil, devido aos graves problemas de alimentação que os cães que já residem no Canil sofrem.




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