Repasse de aumento do etanol é mais rápido em relação à redução

Repasse de aumento do etanol é mais rápido em relação à redução

Webmaster 28/03/2012 - 08:35
Pesquisa da UFSCar mostra diferença de preços postos de combustíveis.
Em São Carlos, maior parte do aumento já reflete no primeiro mês.


Uma pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) mostra que quando o etanol aumenta nas distribuidoras, o preço sobe mais rapidamente nos postos. Mas quando a distribuidora vende mais barato, a queda no preço das bombas é menor e mais lenta.

A pesquisadora da UFSCar Jaqueline Zani dos Santos analisou o preço do etanol em 18 cidades de diferentes tamanhos e regiões do estado durante seis anos. O objetivo inicial era analisar também os municípios menores onde há um maior poder de mercado por conta da pouca concorrência.

Esses municípios foram divididos em grupos de acordo com a população e foram sorteados aleatoriamente dentro de seis grupos, três municípios.

Em São Carlos quando o distribuidor aumentava 10% o preço, o valor na bomba ficava 8,6% mais caro no primeiro mês. Quando o posto comprava o etanol 10% mais baixo, o valor do litro para o consumidor caia numa velocidade menor e mais devagar, 5,2% no primeiro mês e 6,6% a partir do segundo.

A diferença no bolso é grande. Se o etanol custa R$ 1,90, no fim do primeiro mês o litro custa R$ 1,80 e no fim do segundo R$ 1,78. Se o desconto fosse proporcional ao aumento deveria custar R$ 1,73.

Para o consumidor que gasta dois tanques de etanol por mês, a diferença chega a R$ 12 em dois meses. Carlos Bogas, proprietário de um posto de gasolina explica que o aumento está no gasto de cada estabelecimento e que variam. “Quando compro o produto num valor e tenho de repassar, tenho que pensar no custo operacional. Hoje meu custo operacional é diferente do que há cinco ou 10 dias”, explicou.

A pesquisadora Jaqueline explica que para o consumidor ter algum resultado positivo em seu bolso, ele deve fazer uma denúncia aos órgão públicos de defesa à concorrência ou à Agência Nacional do Petróleo (ANP). Eles podem analisar se houve abuso ou não.



Logo do Facebook Deixe seu comentário