Cheques sem fundos de usina causam prejuízo de R$ 250 mil no comércio

Cheques sem fundos de usina causam prejuízo de R$ 250 mil no comércio

Webmaster 02/02/2012 - 09:48
Trabalhadores receberam acertos no fim do ano passado. Vinte comerciantes ainda aguardam pagamento.

Uma usina de açúcar e álcool de Guaranésia, no Sul de Minas Gerais, fez o pagamento dos funcionários com cheques sem fundos e causou um prejuízo de R$ 250 mil a comerciantes de Santa Cruz das Palmeiras.

Os cheques são de acertos e salários que trabalhadores rurais receberam no fim de ano passado da usina Três Barras. Alguns pagaram contas e outros trocaram para poder voltar para casa, no norte e nordeste do pais. O problema é que todos estavam sem fundos e 20 comerciantes que receberam ficaram no prejuízo.

O comerciante Expedito Alves Ferreira tem duas lojas em Santa Cruz das Palmeiras e recebeu 28 cheques, que variam de 1,6 mil a 3,1 mil. “Geralmente ele é cliente durante o ano, na safra. E todo ano a gente troca esses cheques e dessa vez deu errado”, disse Ferreira.

Todos os comerciantes já tentaram negociar com a empresa. A maioria pegou os cheques devolvidos e foi até a usina trocar por outros. Só que ainda não foram autorizados a fazer o depósito. “Eles pedem para a gente ligar antes para ver se tem dinheiro na conta para poder depositar. A gente liga lá e eles falam que não tem e não sabem o dia que vai ter”, disse o comerciante Élder Galdino Lima.

O trabalhador rural Cícero Eriston de Sousa disse que trabalhou sete meses na usina. No fim do ano, ele pegou o cheque e foi embora para casa, no interior do Ceará. Nesta semana, ele teve que voltar para tentar receber. “Ninguém recebeu”, disse.

Nesta quarta-feira (1º), um grupo de trabalhadores se reuniu na sede da usina para cobrar mais uma vez. Eles viajaram mais de 100 km e levaram cartazes para protestar contra a falta de pagamento. “Nós queremos receber nossos direitos. Viemos aqui várias vezes e até hoje não pagaram ainda”, disse o comerciante Aguinaldo de Souza Oliveira.

Após uma hora e meia de espera, eles foram atendidos. De acordo com o diretor financeiro da usina, Antônio Vasconcelos, a empresa pediu um prazo de 10 dias aos comerciantes e funcionários. Depois disso, os cheques poderão ser reapresentados.

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