Eles acusam o não pagamento da folha de outubro, mas voltam a trabalhar hoje após promessa de regularização.
Os médicos do ambulatório do Hospital Municipal José Nigro, de Américo Brasiliense, fizeram paralisação de protesto ontem, por falta de pagamento dos salários de outubro. De 40 médicos do pronto-socorro e dez do ambulatório, apenas quatro atenderam ontem para os serviços de urgência e emergência.
A unidade é gerida por uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Sua contratação foi a alternativa adotada pela Prefeitura de Américo para suprir a demanda por médicos no hospital, já que não houve candidatos inscritos ao concurso público aberto para a contratação de profissionais.
Segundo Ezequiel Rios Ariza, diretor clínico do hospital, o pagamento dos salários não ocorreu por falta de repasse do valor pela Prefeitura de Américo à Oscip. Para ele, a paralisação não visava penalizar a população e sim reivindicar os direitos da categoria. "Muitos médicos vêm de fora e alguns têm o hospital como principal fonte de renda", justificou.
O prefeito de Américo Brasiliense, Ademir Gouvêa (PT), afirma que a Prefeitura pagou a conta e que a empresa não teria repassado o pagamento aos profissionais.
Acordo
Em reunião realizada no final da tarde de ontem, representantes da Oscip, médicos e prefeito acordaram que os profissionais voltariam ao trabalho hoje, com a promessa de regularização dos pagamentos até a próxima quarta-feira.
Sem atendimento
A vendedora Adriana Souza, de 35 anos, conta que sua filha de 7, que sofre de bronquite, estava com uma receita do Pronto-Socorro do Melhado, em Araraquara, para realização de inalações no hospital de Américo. Após sair da sessão, ela teria passado mal e quase desmaiado, mas, ao voltar ao hospital, não conseguiu atendimento devido à greve. "Mesmo com esses problemas, minha filha precisa da inalação. Como farei se ficarmos sem esse atendimento?", questiona.
200 a 240
é o número de atendimentos diários no Hospital Municipal de Américo Brasiliense
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