Falha na escala médica deixa Santa Casa sem médico ginecologista e obstetra

Falha na escala médica deixa Santa Casa sem médico ginecologista e obstetra

Webmaster 30/10/2011 - 01:22
Por Rodrigo Oliveira

Uma grave falha na escala médica da Santa Casa deixou duas gestantes por horas esperando por atendimento.


Recebemos uma denúncia, via celular, de que duas mulheres grávidas estavam no Pronto Socorro, com sintomas que aparentavam estar em “trabalho de parto”, porém o médico ginecológico que deveria estar de plantão, não foi localizado.

Conforme o jornalismo do Descalvado Agora pode apurar, realmente existiam duas mulheres, grávidas, que estavam a várias horas na unidade de Pronto Atendimento, com fortes dores, sem o atendimento do médico especialista em ginecologia e obstetrícia. Conversamos com o marido de uma das mulheres, o Sr. Emílio Donizete Botaro, que nos disse que “chegamos aqui no Pronto Socorro às 20h, com minha mulher com a bolsa estourada e com fortes dores, mas até agora não tem médico para fazer o parto dela”.

Ao chegarmos ao Pronto Socorro para colhermos maiores informações sobre a falta de médicos, podemos averiguar que a Secretaria de Saúde, Marcia Pratta, estava pessoalmente no local, tentando resolver o problema e conseguir o atendimento necessário para ambas. Podemos ver também que diversos médicos foram contatados para realizar o atendimento, porém nenhum deles tinha condições de dirigirem-se até o PS, já que todos não estavam na cidade. Vale dizer que o telefone celular do médico que deveria estar no plantão de ginecologia e obstetrícia, sempre “estava na caixa postal”.

Após algumas tentativas, a Secretária conseguiu falar com o Médico Paulo Guerra, e após explicar a situação ao médico, o mesmo rapidamente dirigiu-se ao Pronto Socorro, chegando às 00h15, onde examinou as mulheres grávidas e designou a internação imediata de ambas, para a realização do parto.

Na segunda feira nossa equipe de jornalismo entrará em contato com a Administração da Santa Casa para sabermos o que motivou a falha, que lamentavelmente poderia ter colocado em risco a vida de quatro pessoas, duas mães e dois bebês.

Outro fator que vale ressaltar é que no momento em que o jornalista Rodrigo Oliveira estava saindo do Pronto Socorro, uma terceira gestante chegou de ambulância, também para ser diagnosticada, já que estava com dores.
Logo do Facebook Deixe seu comentário