Pesquisadores da USP desenvolvem arma que só dispara com o dono

Pesquisadores da USP desenvolvem arma que só dispara com o dono

Webmaster 26/09/2011 - 08:26
Tecnologia funciona com implante de chip na mão e deve reduzir acidentes e mortes

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos desenvolveram uma arma de fogo que só pode ser disparada pelo dono do revólver. O objetivo é reduzir acidentes e mortes e a ideia foi inspirada em um filme de ficção científica.

Os pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) desenvolveram um projeto da arma. Na mão do pesquisador, ela acende uma luz verde, que representa um disparo. Já na mão de outra pessoa, uma luz vermelha mostra que a arma está travada.

Para o revólver funcionar, é preciso aproximar um chip, que vai ser lido por uma antena que está dentro da arma. O pesquisador Mário Gazziro teve o chip implantado na mão. “Não tive nenhum problema na região e eu sequer sinto o chip na mão. Eu sei que eles está aqui pelo raio x e através da identificação do leitor”, explicou.

A assessoria de imprensa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não soube informar como é o processo que autoriza a implantação de chips em humanos.

Inspiração

O filme Distrito 9, onde alienígenas invadiam a terra e suas armas de combate não funcionavam nas mãos dos humanos, serviu de inspiração para a tecnologia.

Acidentes

A tecnologia foi desenvolvida para evitar acidentes. A curiosidade dos filhos em mostrar a arma do pai para um amigo muitas vezes acaba em tragédia. De acordo com dados do Sistema Único de Sáude (SUS), todos os dias no Brasil duas crianças são feridas por tiros acidentais.

Ainda não há previsão para o produto chegar ao mercado e, com esta tecnologia, o custo da arma aumentaria em R$ 500. A pesquisa foi publicada e está disponível para as empresas. “Elas podem fabricar sem necessariamente pagar royalties para a gente”, explicou Gazziro.

Investigadores da Polícia Civil de Minas Gerais já se interessaram e querer fazer alguns testes. Para o consultor em segurança João de Almeida, a novidade pode ajudar no combate a criminalidade. “O bandido não tem acesso a arma de forma legal. Ele tem acesso roubando ou furtando a arma. Nós temos casos de roubos a fórum e uma arma dessas não teria ficado nas mãos de bandidos”, ressaltou.


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