Ponte do Bela Vista é entregue à comunidade em cerimônia marcada pela emoção

Ponte do Bela Vista é entregue à comunidade em cerimônia marcada pela emoção

Webmaster 19/09/2011 - 16:59
Foi entregue à comunidade a ponte sobre o Córrego da Prata, que liga os bairros Bela Vista, Paola e Santa Cruz à região central da cidade, pela via Roque Francisco. A obra leva o nome do jurista “Doutor João Francisco Ravasi”. O que antes era uma espécie de aterro improvisado hoje é uma estrutura sólida, de concreto, capaz de resistir às ações do tempo. Pela primeira vez na história de Descalvado, uma comissão popular formada por moradores daquelas comunidades fiscalizou a execução e o andamento dos trabalhos de construção de uma obra pública.

Centenas de pessoas compareceram à cerimônia – abrilhantada pela fanfarra da EMEF “Professora Thereza dos Anjos Puoli”-, dentre elas o prefeito Luís Antonio Panone, familiares do homenageado, vereadores, secretários municipais, prefeito, vice-prefeito e chefe de gabinete mirins e populares em geral.

A obra consumiu mais de R$ 700 mil de recursos públicos e demandou sete meses para ser concluída. Em fevereiro de 2010, a Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento, Obras e Serviços Públicos identificou um problema estrutural no local que servia de passagem improvisada para pedestres e veículos, naquela localidade. Antes que a estrutura cedesse de uma vez por todas, colocando em risco a vida dos transeuntes, a SPDOSP decidiu interditar a área.

Na cerimônia de entrega, marcada pela emoção dos parentes do homenageado, a parte negativa ficou por conta da notícia de que vândalos passaram graxa industrial nos gradis da ponte prestes a ser inaugurada. Funcionários da Prefeitura passaram a manhã inteira de sábado, 17 de setembro, removendo o material.

Falando em nome dos familiares, a viúva do homenageado, senhora Letícia Ravasi – após agradecer ao vereador Luís Antonio do Pinho por ter indicado o nome de João Francisco Ravasi para patrono da ponte -, afirmou que “nós, os familiares, parentes e amigos de João Francisco Ravasi, com penhor de reconhecimento, nos colocamos nas mãos do autor da propositura, para que ele o leve em seu próprio coração, como a alma humana se sente feliz, quando tem o ensejo de ser grata a alguém. Por derradeiro, nossos agradecimentos ao ilustre prefeito municipal dessa cidade, que sancionou a lei. Se nesse instante me solicitassem a que e, sinteticamente, dissesse quem foi o homenageado, eu diria simplesmente: foi um homem. Mas um homem que deu muito amor e que soube amar”.

O vereador Geraldo Magela (PTB) novamente destacou o que ele classificou de “maratona de inaugurações nesse mês de setembro”. Já o vereador Sebastião José Ricci (PP) fez questão de falar sobre a importância do doutor João Francisco Ravasi para o município.

Magda Cuel, da Associação dos Moradores da região, disse que “estamos felizes em poder participar dessa cerimônia de inauguração. Pois nos recordamos, os mais antigos, que existiam apenas duas passagens para chegar aos nossos bairros. Com a construção das casas da Mineração Jundu, o bairro começou a expandir e a construção dos loteamentos do Bela Vista e do Paola só veio a consolidar o nosso desenvolvimento. Nós ficamos muito preocupados quando ocorreu o desmoronamento dessa passagem, pois sabíamos do momento adverso pelo qual nossa cidade passava. Mas, mesmo assim, nunca deixamos de acreditar na solução de mais um problema a ser enfrentado pela vossa administração, Panone. E uma comunidade muito cristã, com certeza acreditou, rogou a Deus pela a sua vida e obra. Nós também não podemos deixar de agradecer a todos os vereadores que trabalharam por isso”.

O secretário de Obras Edner Tortella se lembrou das dificuldades de se construir a ponte, contando a trajetória das obras, desde o momento em que determinou a interrupção do tráfego de veículos e pedestres, pois havia a possibilidade do colapso total da estrutura, com o risco de barrar a curso do Córrego da Prata. Tortella discorreu sobre o processo licitatório e sobre a necessidade de se construir uma ponte que não desmoronasse com as chuvas.

O prefeito Luís Antonio Panone começou o seu pronunciamento enaltecendo a parceria com a Câmara Municipal. “Caminhando juntos, em harmonia, respeitada a independência de cada Poder, nós podemos conquistar muita coisa boa para o nosso município, como temos conquistado. Quero agradecer a Câmara Municipal, que no final do ano tem de devolver o dinheiro que sobra para o prefeito e vice-prefeito. E nós sempre conversamos sobre como esse dinheiro vai ser utilizado. E essa sobra de aproximadamente R$ 200 mil foi o primeiro dinheiro que nós conquistamos para poder estar fazendo aquilo que a população sabe ser uma ponte de verdade sobre o Córrego da Prata”.

“Eu quero dizer sobre a importância dessa ponte. A primeira simbolização dessa ponte, para mim, é representar uma passagem entre um jeito antigo de fazer política – como que aquele que tentaram fazer essa noite, obrigando a todos nós, funcionários públicos, a passar a manhã inteira tirando graxa dos gradis das duas pontes. Ontem à noite eu recebi uma informação de que haveria um atentado, e houve, porque tentaram sabotar [a entrega]. É uma pena. E essa ponte simboliza exatamente isso: é a passagem de um jeito antigo de fazer política para um jeito novo, diferente de fazer política”, continuou o chefe do Executivo.

“Nós fazemos política com honestidade, com responsabilidade, com transparência, e não com maldade. Eu recomendo àqueles que atentaram para que assistam ao filme chamado “A Corrente do Bem”. E comecem a entender que o grande prazer da vida é a gente fazer o bem para o nosso semelhante. Eu quero dizer que essa ponte tem uma outra simbologia. Nós empregamos aqui toda a técnica, o dinheiro necessário e todo o conhecimento científico para que nós pudéssemos ter uma obra de excelente estrutura, perene, que fique para sempre pra nossa população”, finalizou Panone.

Em seguida, moradores mais antigos daquelas comunidades foram chamados para cortar a fita de inauguração, antes de fazer a primeira travessia sobre a ponte “Doutor João Francisco Ravasi”.


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