Taxa de mortalidade infantil cai drasticamente em Descalvado.

Taxa de mortalidade infantil cai drasticamente em Descalvado.

Webmaster 05/09/2011 - 16:56
Índices são melhores que os apresentados nos países desenvolvidos

Dados divulgados pela Fundação Sistema Estadual de Análise de (SEADE) – órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo – apontam para uma queda drástica no índice de mortalidade infantil em Descalvado, referentes ao ano de 2010.

Em 2008, o índice era de 9,8 óbitos para cada mil nascidos vivos. Em 2009, caiu para 5,6 óbitos. E, em 2010, despencou para 2,9 óbitos. As estatísticas impressionam ainda mais, se comparadas com a taxa estadual, que é de 11,9, e de 21,17, no Brasil.

Descalvado tem um coeficiente muito inferior ao apresentado pela média alcançada pelos municípios que fazem parte do Departamento Regional de Saúde de Araraquara, que ficou em 11,2, com 11,2 óbitos, e bem abaixo da média estadual, com coeficiente de 11,9, o que representa 7.129 o número de óbitos menores de um ano de idade.

Para se ter uma idéia da dimensão desses dados, a média de mortalidade infantil em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, é de 6 óbitos para cada mil nascidos vivos, segundo a CIA World Factbook, em números referentes a 2011. Os índices de nossa cidade são melhores que países como Alemanha, Noruega, França, Japão e Suécia.

De acordo com a secretária de Saúde Márcia Aparecida Bertolucci Pratta, esse resultado só foi possível graças a uma série de ações da atual administração.

“Para ter esse impacto, nós investimos na Qualificação do Comitê de Mortalidade Materna Infantil; redefinição do fluxo de informações sobre a saúde da mulher e puérpera; qualificação do pré-natal com desenho municipal da linha de cuidado; atendimento de psicóloga, nutricionista e odontólogo durante a gravidez; confecção de “lembranças para a chegada do bebê”, com grupos de gestantes; ampliação dos exames realizados durante a gravidez; ampliação dos postos de coletas de exames (USF Santa Cruz e USF São Sebastião); realização de exame de proteinúria (infecção de urina), em toda consulta de pré-natal; disponibilização de exames de puericultura (pediatria preventiva); teste rápido de HIV e de sífilis no PAM e Santa Casa; ampliação das visitas domiciliares e consultas de puerpério; disponibilização de testes rápido de gravidez em todas as USFs, Centro de Saúde e PAM.

Atualmente, 200 gestantes são acompanhadas de perto por agentes do Programa de Saúde da Família. Trinta mães de recém nascidos recebem acompanhamento periódico, dentro do programa Saúde em Casa, do governo municipal, implantado em fevereiro de 2011. Cada mãe ganha um kit contendo fraldas, fita adesiva, álcool e gaze, para cuidados com a higiene da puérpera e do bebê.

“Algumas coisas para observar quanto ao Índice de Mortalidade da Região de Araraquara”, afirmou Márcia Pratta. “Todos os municípios que não tiveram óbitos, a maioria tem menos de 10 mil habitantes. Apenas um apresenta população aproximada de 14 mil habitantes. Todas as demais cidades que apresentaram número absoluto de óbito igual a um em 2010 tem menos de 10 mil habitantes. Os demais com população entre 30 e 40 mil habitantes, tiveram seus indicadores acima de 8 pontos de coeficiente”.

A notícia da queda do índice foi dada pelo prefeito Luís Antonio Panone, por ocasião da entrega do Núcleo de Assistência Psicossocial (CAPS), ocorrida na manhã da última quinta-feira (1º de setembro).

“Saúde se faz com recursos públicos. E nós investimos, no ano passado, R$ 12 milhões na área da saúde. Em 2011 nós vamos passar da casa dos R$ 18 milhões. Algo como R$ 1,5 milhão por mês. Para vocês terem uma idéia, nós distribuímos 360 mil comprimidos mensalmente para a população. Temos dado exemplo, para os governos Federal e Estadual, de como é que a saúde tem que ser encarada, como prioridade. E vou demonstrar isso: uma informação oficial do SEADE mostra que nós baixamos o índice de mortalidade infantil de 9 óbitos para cada mil bebês nascidos, em 2008, para 5 óbitos em 2009, e para 2 óbitos em 2010. Um índice muito abaixo da média regional e do Estado. Eu tenho muito orgulho do trabalho que tem sido desenvolvido pelos profissionais da saúde”, asseverou Panone.




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