A Prefeitura Municipal de Descalvado nomeou, na última segunda-feira, dia 15, a nova diretora da Divisão Municipal de Cultura, Maria Fernanda Ferrato Melo de Carvalho.
A ocupante do cargo, que pertence à Secretaria Municipal de Educação e Cultura, é descalvadense e tem 28 anos de idade.
“Tenho muito carinho pela história da cidade e pelas características que constituem a cultura local”, declarou Carvalho. “Quando o prefeito [municipal de Descalvado, Luís Antônio] Panone me convidou para o posto, vislumbrei a oportunidade de trabalhar pela minha cidade, pelo regaste da memória e dos hábitos e pela ampliação das expressões artísticas da nossa comunidade”.
Sua relação com a cultura teve início aos seus cinco anos, quando começou a estudar música e a tocar piano.
“O termo ‘cultura’ costuma ser utilizado como sinônimo de expressões artísticas. É importante ressaltar, porém, que essas fazem parte da cultura, sendo elementos de destaque e de representação da identidade de um grupo social”, esclareceu.
Graduada em Ciências Sociais com ênfase em Antropologia pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), a nova diretora é também Mestre em Arqueologia Pré-Histórica e Arte Rupestre pela Utad (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro), em Portugal, e graduanda em Psicologia pela Unicep (Centro Universitário Paulista).
“A Antropologia me ensinou que trabalhar com cultura é trabalhar com hábitos e vivências”, explicou. “Não é trabalhar com iniciativas pontuais, mas sim com projetos que se coligam com a identidade cultural da cidade e possibilitam acesso às expressões culturais de outras comunidades”, continuou a cientista social, cuja pós-graduação internacional foi financiada pela EU (União Europeia) por meio do programa Erasmus Mundus, voltado a estudantes dos países em desenvolvimento.
Entre as aspirações de Maria Fernanda de Carvalho à frente da diretoria da Divisão Municipal de Cultura, estão: o trabalho integrado com as demais secretarias do poder executivo, a valorização dos artistas descalvadenses, a ampliação do contato da população com a música, a literatura, o teatro e a dança e a criação do museu da cidade.
“A meta é garantir que todos possam experienciar o museu e se interessar pelos artefatos e registros, de modo que os objetos ‘contam’ a sua própria história”, revelou. “Isso evitará que o museu se transforme num armazém de ‘velharias’”, explicou a diretora, que, durante o Mestrado, participou da consolidação do Museu da Arte e do Sagrado do Vale do Tejo, em vila portuguesa de Mação, onde também colaborou com a realização de programas de Educação Patrimonial.
Carvalho já atuou, entre outras atividades profissionais, como professora de Filosofia e Sociologia da Cedesc (Cooperativa de Educação e Cultura de Descalvado), professora do Departamento de Sociologia e Antropologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”) campus Marília (SP) e coordenadora da Associação Pró Casa do Pinhal, em São Carlos (35 km a oeste de Descalvado), entidade responsável pela administração da Fazenda Pinhal, tombada como patrimônio histórico e artístico nacional.
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