O técnico em comunicação Roberto Borges Boaventura apresentou na manhã da última quarta-feira (10) o projeto de implementação do programa Cidade Digital em Descalvado, que começará pela Educação, podendo interligar os demais departamentos da prefeitura e, num futuro próximo, oferecer internet gratuita para toda a população. Estiveram presentes o prefeito Luís Antonio Panone e seu secretariado, na sede da Secretaria de Educação e Cultura.
O programa Cidade Digital, promovido pelo governo Federal, teve início na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, como instrumento de inclusão digital, e, principalmente, de gestão.
Pelo projeto, após o mapeamento dos pontos mais altos da Descalvado, serão instaladas três antenas na cidade, que vão se comunicar entre si, transmitindo dados, imagens e voz, via rádio.
Preliminarmente, será desenvolvido software de gestão interligando os estabelecimentos de ensino, criando uma espécie de rede municipal de comunicação.
Por esse sistema, por exemplo, os pais poderão acompanhar as atividades dos filhos nas escolas, como frequência, boletins e até mesmo a presença deles na sala de aula, pela internet, SMS ou pelos totens que serão instalados em pontos da cidade. Será possível oferecer cursos à distância ou mesmo a realização de teleconferências.
Na questão de segurança, poderão ser instaladas câmeras de segurança do estilo “speed dome”, com alcance podendo chegar a 4 quilômetros e até mesmo dentro das salas de aula. As imagens seriam transmitidas para uma central, que retransmitiram esses dados para os órgãos de segurança e de lá para a residência dos pais, que teriam uma senha para acessar as imagens.
Com o Cidade Digital, de acordo com Boaventura, criada a rede, a comunicação se daria pela tecnologia VoIP (Voice over Internet Protocol), tornando possível a realização de chamadas telefônicas totalmente gratuitas, inclusive para celulares, nas ligações internas, e a redução de 50% dos custos das tarifas para ligações externas, representando uma significativa economia na conta telefônica. Não serão necessários linhas telefônicas ou serviços de acesso à internet.
Para Boaventura, “o céu é o limite”. “Com a rede, cria-se um ‘guarda-chuva’, possibilitando a interligação de todos os departamentos. É como se construíssemos uma estrada, que aos poucos vai recebendo melhorias e abrangendo todas as áreas da administração pública”, afirmou. O tempo de execução do serviço, conforme Boaventura, pode levar até seis meses.
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