Grupo Salada Mista encenará fábulas de La Fontaine no “Viagem Literária”

Grupo Salada Mista encenará fábulas de La Fontaine no “Viagem Literária”

Webmaster 22/07/2010 - 00:38
O grupo Salada Mista se apresentará em Descalvado no dia 3 de agosto, terça-feira, as 8 e às 15h, na Biblioteca Municipal “Prof. Gerson Alfio de Marco”, como parte do programa “Viagem Literária”, promovido pela Secretaria de Estado da Cultura.

Recentemente, o escritor Ignácio de Loyola Brandão conversou com o público descalvadense sobre o processo de criação de sua obra. Agora será a vez do ator Evandro Lustosa contar histórias do francês La Fontaine (1621 – 1695), autor de clássicos como “A Formiga e a Cigarra”, “A Lebre e a Tartaruga” e “A Menina e o Leite”. O texto e direção são de Cristiane Urbinatti.

O programa “Viagem Literária” possibilita um bate-papo entre autores consagrados e público (infantil, juvenil e adulto), com o objetivo de debater literatura, contar histórias e ensinar a arte da escrita. A ideia de trazer o projeto para Descalvado foi uma iniciativa do vereador Luiz Antonio do Pinho (DEM), que em agosto de 2009 apresentou propositura à Secretaria de Educação e Cultura, que por sua vez iniciou um processo de preparação e adequação da Biblioteca Pública Municipal para receber o projeto.

O “Viagem Literária” está em sua 3ª edição. Atualmente, 70 cidades fazem parte do projeto, que levou autores consagrados a diversos municípios paulistas. O Programa terá seis meses de atuação. Cada biblioteca municipal recebe uma atração mensal voltada à literatura. Na programação, uma animada conversa com os autores, provocando um intenso movimento cultural.

Loyola Brandão – A primeira atração do “Viagem” foi o escritor, jornalista e cronista Ignácio de Loyola Brandão, que levou um público estimado em 200 pessoas à Biblioteca. No dia 3 de julho, Loyola Brandão escreveu uma crônica no jornal “O Estado de São Paulo”, publicada no caderno de Cultura, sob o título “O futuro não é tão sombrio”.

“Em Descalvado foi comovente, porque Maria Lúcia Izeppi, bibliotecária, e Rosinês Gabrieli, secretária de Cultura e Educação, lotaram o auditório, havia mais de 200 pessoas. Em seguida, ela mudou o velho ritual. Em lugar de um jantar para poucos, ofereceu - e adorei - um lanche junino, mesmo porque era época das festas. Refrescos, quentão, cachorro-quente, pé de moleque, broas de milho, bolo de fubá, sanduíches e doces caseiros. O papo mudou do auditório para o meio dos livros. À entrada, fui recebido por Carlos Drummond de Andrade me dizendo versos sobre livros. Era um ator vestido a caráter. Na manhã seguinte, na saída do hotel, esperando o carro, conversava com uma senhora, quando ela viu uma pessoa se aproximar pé ante pé, atravessando a praça. Comentou: "Lá vem ela para ficar curiano. Vendo quem chega e quem vai." Curiano, misto de curiosidade e olhando, já que no interior se elimina o "d": andano, visitano, pesquisano, trabalhano. Não, a linguagem acariocada da Globo não matou certas coisas”, escreveu Loyola Brandão.


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