Parlamento Regional promove Simpósio abordando segurança e “Tolerância Zero”

Parlamento Regional promove Simpósio abordando segurança e “Tolerância Zero”

Webmaster 25/06/2010 - 09:45
O Parlamento Regional Vale do Mogi Guaçu promoveu o 1º Simpósio Regional de Cidadania, que abordou o projeto “Tolerância Zero”, que foi implantado na cidade de Campinas. O advogado Carlos Henrique, que foi secretário de Negócios Jurídicos no período de 2005 a 2010, e responsável pela implantação do projeto naquele município, foi o palestrante da noite. O evento aconteceu no plenário da Câmara Municipal.

O “Tolerância Zero” reúne uma força-tarefa envolvendo praticamente todas as secretarias e autarquias de Campinas, as polícias Militar e Civil, ONGs, Conselho Tutelar e CONSEGs, sob a coordenação do CONFISC (Comitê Gestor de Fiscalização Integrada), objetivando a redução do índice de criminalidade e o resgate da auto-estima dos cidadãos campinenses.

Estiveram presentes o prefeito Luís Antonio Panone; o comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar, capitão Luiz Sérgio Mussolini Filho; o presidente do Conseg (Conselho de Segurança), Gismar Mendes; Gijo Castellano, presidente de honra do Parlamento Regional; e representantes dos municípios que compõem o Parlamento (Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Porto Ferreira, Santa Cruz das Palmeiras e Tambaú). Eles foram recepcionados pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Luís Carlos Rosa Vianna.

O ex-secretário destacou o bom momento de desenvolvimento econômico que vive a cidade de Campinas, com o projeto de ampliação do aeroporto de Viracopos e a implantação do Trem de Alta Velocidade (TAV), que ligará as capitais paulista e fluminense, passando por aquele município.

Segundo Carlos Henrique – que nasceu em Descalvado -, o primeiro passo foi a regularização fundiária, concedendo títulos de propriedade aos donos de imóveis irregulares. Posteriormente foi feita a revitalização de espaços degradados, asfaltamento da periferia e investimentos na ampliação da rede de saneamento básico. “Essas políticas fizeram com que os índices caíssem vertiginosamente e resgatassem a auto-estima dos cidadãos”, garantiu o palestrante.

O público alvo do “Tolerância Zero” era as pessoas em situação de risco. O programa visava combater a pedofilia, os maus tratos aos idosos, o uso indevido do solo público e aumentar a fiscalização dos estabelecimentos comerciais que contrariavam o interesse da comunidade local.

Uma das ações foi a implantação do programa “Bom dia, moradores de rua”, em que diversos setores do poder público partiam pelas ruas da cidade acordando os moradores de rua, que eram cadastrados, e recebiam a 2ª via de documentos, como a Carteira de Trabalho. De acordo com Carlos Henrique, tudo feito observando a dignidade dos cidadãos. Outro ponto levantado pelo palestrante foi o consumo de crack, que ele classificou como uma “epidemia”. Para Carlos Henrique, o tráfico desse entorpecente tem de ser combatido diuturnamente.

Conforme balanço apresentado pelo palestrante, houve uma redução de 30% de furtos e 38% no roubo de veículos. Foram lacrados 44 bares e restaurantes, demolidos 13 prédios abandonados e 1039 pessoas abordadas. Aproximadamente 60% foram encaminhadas a serviços de acolhimento e inclusão.

Ao final da palestra, o prefeito Panone enalteceu o trabalho do ex-secretário e afirmou que a questão da violência “é, antes de tudo, um problema social”. O chefe do Executivo descalvadense lembrou do fechamento da Cooperativa, logo no início de sua administração. “O impacto social foi bastante sentido. De uma hora para outra 1,5 mil trabalhadores perderam o seu emprego. Muitos desses cidadãos passaram a usufruir dos serviços públicos. Mas, eu tenho acompanhado a situação e parece que o problema da Cooperativa está sendo resolvido. Isso terá um impacto positivo na questão da vulnerabilidade social”, disse Panone.

Para o prefeito, “de toda forma, é preciso resgatar a auto-estima do povo descalvadense. Nós não temos favelas, nossa economia é bastante diversificada. Quando um setor não vai bem, um outro se sobressai. Porém, um ponto que nos preocupa é o desemprego da mulher. Nós vamos enfrentar essa questão. Creio que a coma retorno dos trabalhos da Cooperativa, o problema será minimizado”, finalizou Panone.



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