Descalvado tem apresentado resultados positivos no combate às arboviroses. Comparando os dados entre o início de 2015 e o primeiro semestre de 2018, a redução do número de pessoas infectadas foi de quase 100%, caindo de 1.238 casos de dengue confirmados em 2015, para apenas 3 ao longo dos primeiro seis meses deste ano.
De acordo com os dados obtidos até o momento, o município de Descalvado tem, em 2018, um total de 40 casos notificados para arboviroses [dados acumulados até a 26ª semana epidemiológica]. Desse total, apenas 3 casos de dengue foram confirmados, e 37 apresentaram resultado negativo. Quando analisamos os dados comparativos, observamos uma redução de 99,76% ao longo dos últimos três anos e meio. Em 2015, a Vigilância Epidemiológica registrou um total de 1.539 notificações, sendo que 1.238 casos foram confirmados e 301 deram negativo. Graças a um trabalho efetivo do Comitê de Arbovirose do município de Descalvado, no ano seguinte [2016], registrou-se uma grande redução dos casos notificados [apenas 200], sendo que apenas 39 deram positivos e 161 negativos.
Em 2017, o número de notificações caiu um pouco mais, passando para um total de 165 [32 casos positivos e 133 negativos]. Para o primeiro semestre de 2018, os números apresentaram uma redução ainda mais significativa, com apenas 40 casos notificados, sendo que desses apenas 3 apresentaram resultado positivo para dengue, e os outros 37 deram negativo.
O grande diferencial do município, com relação a outras cidades da região, é a atuação do Comitê de Arbovirose e das equipes de Controle de Vetores. O projeto funciona como um sistema de monitoramento com base na vigilância epidemiológica e entomológica das arboviroses [doenças transmitidas por meio de vetores]. O principal diferencial é o monitoramento contínuo que consegue identificar as áreas de maior risco para ocorrência de surtos e epidemias, além de estabelecer categorias de intervenção ou estágio de resposta para cada nível.
“Fazemos análises diárias e de casa em casa. Se identificarmos alguma região que esteja com um índice maior, fazemos um trabalho específico naquela região. Esse é um grande diferencial. É um programa muito sensível a mudanças de comportamento!”, disseram o Chefe do Serviço de Controle de Vetores de Descalvado, Silvio Franceschini, e a Chefe da Vigilância Epidemiológica, Maria de Lourdes Cordeiro Santana.
Para o Secretário de Saúde, Wander Bonelli, a participação da população no controle e eliminação de focos para vetores também contribuiu consideravelmente para a queda do número de pessoas infectadas. “Nós estamos fazendo a nossa parte, mas sem a ajuda da população, o nosso trabalho cai por terra. Daí a importância da participação da população nessa queda considerável dos índices de doenças e de notificações”, explicou o Secretário.
Outra grande melhora apontada pelo Chefe do Serviço de Controle de Vetores foi quanto ao Índice Breteau [IB], que revela se há risco ou não de proliferação do Aedes aegypti. Entre 2015 e 2017, o IB do município ficou em 8. Este ano, caiu para 3.
De acordo com o IB, é possível saber a densidade de larva do Aedes e, assim, identificar a região que está mais vulnerável ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Segundo a Organização Mundial de Saúde [OMS] o índice ideal deve ser menor que um, onde é considerado tolerável. De 1 a 3,9 já é considerado situação de alerta, e acima de 4 é considerado risco de surto.
“Esse resultado extremamente positivo para a nossa cidade deve-se em muito pelo ótimo trabalho que a Secretaria de Saúde vem desenvolvendo. Mas eu gostaria de parabenizar também toda a nossa população, que entendeu a importância dessa batalha e está colaborando imensamente para eliminarmos a dengue aqui na nossa cidade. O resultado apresentado pelo Comitê de Arbovirose nesta semana mostra que estamos fazendo a nossa lição de casa, e coloca Descalvado na frente de muitas cidades da nossa região”, comemorou o prefeito Becão.
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