Suspeita de morte por H1N1 - Secretaria de Saúde aguarda resultado

Suspeita de morte por H1N1 - Secretaria de Saúde aguarda resultado

Webmaster 09/06/2018 - 13:46
Homem de 58 anos faleceu no último sábado [2] em São Carlos. Morador do Bairro do Tamanduá estava internado desde a quinta-feira; esposa da vítima também apresentou sintomas da doença e está internada desde a última segunda-feira.


A Secretaria de Saúde de Descalvado está aguardando o resultado de um exame encaminhado ao Instituto Aldolfo Lutz, em São Paulo, para confirmar ou descartar se o homem de 58 anos que faleceu no último sábado, em São Carlos, foi vítima da gripe H1N1.

No dia 28 de maio, o homem procurou por atendimento médico na Unidade de Saúde da Família do Bairro Bosque do Tamanduá [na mesma região onde morava], queixando-se de alguns sintomas parecidos com o de uma forte gripe. Na quinta-feira, dia 31, o homem voltou a procurar por atendimento, mas desta vez no Pronto Socorro Municipal, momento em que a equipe de profissionais suscitou a possibilidade de contaminação pelo vírus influenza, determinando sua internação imediata em uma área isolada da Santa Casa de Descalvado. Na madrugada de sexta para sábado, o quadro de saúde da vítima piorou, sendo necessária sua transferência para uma Unidade de Terapia Intensiva [UTI] de São Carlos, onde ele veio a falecer em decorrência de uma parada cardiorrespiratória.

ALERTAS - A Secretaria de Saúde vem emitindo alertas sobre a circulação dos vírus H1N1 em Descalvado desde o início do mês passado. Com dois outros casos suspeitos divulgados, os resultados dos exames encaminhados ao Adolfo Lutz deram positivo para um paciente, e negativo para o outro. Outros três resultados estão sendo aguardados: o do paciente que veio a óbito, o da sua esposa e o de outra mulher, de 45 anos.

MAIS DOIS PACIENTES INTERNADOS DURANTE A SEMANA - Nesta segunda-feira [4], a esposa do homem que faleceu no sábado também foi internada com sintomas da doença. A mulher de 60 anos é diabética, fato que requer ainda mais cuidados. Uma segunda paciente também está internada em uma área isolada da Santa Casa de Descalvado, com suspeita da doença. A mulher de 45 anos é moradora do Bairro Jardim Colonial.

Ambas as pacientes tiveram material recolhido e encaminhado para exames no Instituto Adolfo Lutz, para confirmar ou não a suspeita da doença.

SOBRE O INFLUENZA - A gripe H1N1 consiste em uma doença causada por uma mutação do vírus da gripe. Também conhecida como gripe suína, o H1N1 é um subtipo do ‘Influenza A’, que se tornou conhecido quando afetou grande parte da população mundial entre 2009 e 2010.

Os sintomas da gripe H1N1 são bem parecidos com os da gripe comum e a transmissão também ocorre da mesma forma. O problema da gripe H1N1 é que ela pode levar a complicações de saúde muito graves, podendo levar os pacientes até mesmo à morte.

O período de incubação do vírus é de três a cinco dias, quando começa a manifestação dos sintomas. Porém, também é possível que uma pessoa tenha a doença de uma forma assintomática, sem apresentar nenhuma reação. Durante o período de incubação ou em casos de infecções assintomáticas, o paciente também pode transmitir a doença. O período de transmissão do vírus em crianças é de até 14 dias, enquanto que nos adultos é de até sete dias. A doença pode começar a ser transmitida até um dia antes do início do surgimento dos sintomas. O período de maior risco de contágio é quando há sintomas, sobretudo febre.

CAMPANHA DE VACINAÇÃO - O Ministério da Saúde [MS] prorrogou a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe até o dia 15 de junho. A decisão foi motivada pelos efeitos da paralisação dos caminhoneiros no atendimento em saúde. Inicialmente, o fim da campanha estava previsto para o dia 1° de junho.

O público-alvo da campanha inclui idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a cinco anos, trabalhadores da saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas [mulheres em até 45 dias após o parto], pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional.

Em muitos municípios, a meta de imunização ainda está muito abaixo do recomendado, fato que pode colaborar para a propagação da doença.

Em Descalvado, a Secretaria de Saúde informou que até esta quinta-feira [7], a taxa de imunização de crianças na faixa de 6 meses à 2 anos está em 83%; entre 2 e 5 anos 57%; trabalhadores da saúde 110%; gestantes 87%; puérperas 88%; idosos 88%; professores 97%. No total geral, o índice está em 86%, sendo que a meta é de 90%.

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