Viatura destinada a prevenção de trânsito foi quem prendeu os suspeitos
No final da manhã desta quarta-feira, 25 de janeiro, a Polícia Militar prendeu dois menores, um de 17 e outro de 15 anos, suspeitos de fazerem parte do grupo de bandidos que vem praticando roubos a mão armada em Descalvado.
A prisão se deu em uma abordagem feita por uma viatura policial designada a fiscalização de trânsito. Tudo começou quando essa viatura policial fazia rondas pelo bairro Santa Cruz e em dado momento os policiais avistaram uma motocicleta Honda Twister saindo de uma casa que é conhecida como ponto de venda de drogas. Como a motocicleta estava sem placas, os policiais abordaram os dois indivíduos.
Assim que foram abordados os policiais já reconheceram os menores, que são suspeitos de estarem envolvidos na prática dos roubos ocorridos nos últimos dias. De imediato os policiais descobriram que a motocicleta que eles estavam conduzindo é fruto de um roubo acontecido no dia 5 de janeiro, na SP-215 entre Descalvado e São Carlos. Na ocasião bandidos abordaram a vítima e levaram dela a moto.
Com os menores foram encontrados drogas, dinheiro, celulares e um relógio, que é possível que seja de uma das vítimas de roubo. O menor de 17 anos disse aos policiais que havia comprado a motocicleta por R$ 950,00, porém não soube dizer de quem, já o menor, o de 15 anos, acabou informando aos policiais que a droga que ele portava era para seu consumo e que havia acabado de comprar, justamente daquela residência conhecida pela prática de tráfico.
Os dois menores foram então levados à delegacia de polícia, onde algumas das vítimas acabaram reconhecendo-os como sendo dois dos assaltantes. É possível ver nas imagens das câmeras de segurança que a semelhança realmente é grande, especialmente ao se comparar as marcas, como corte de cabelo, tatuagem e porte físico.
O Capitão Veiga em entrevista ao Descalvado Agora disse que há algum tempo a Polícia Militar já havia descoberto a identidade dos autores dos roubos, porém, o vazamento de fotos deles através das redes sociais e programas de comunicação instantânea, como o Whatsapp, dificultou a captura deles, pois sabedores que suas identidades foram descobertas, acabaram se escondendo. E agora é uma questão de tempo para que os outros assaltantes também sejam presos.
Veiga nos disse também que estará ainda hoje se reunindo com o Juiz de Direito de Descalvado para que seja determinada a custódia desses menores para a Fundação Casa, para que assim esses meliantes sejam retirados da sociedade.
Outra informação que obtivemos é a de que o menor, o de 17 anos, já havia sido detido diversas vezes no passado, e em outubro, a pedido do Capitão Veiga, ele havia sido detido e enviado a Fundação Casa, onde permaneceu lá por dois meses, porém, infelizmente, ao sair e retornar para as ruas, voltou a cometer crimes, em maior grau de periculosidade.
O fato é que enquanto as legislações criminais não forem alteradas para que o criminoso realmente seja punido, em especial os criminosos menores de idade, a sociedade irá ficar assim, presa em suas casas, pois a Polícia Militar, e Civil, fazem seu papel, patrulham as ruas, prendem criminosos e investigam crimes ocorridos, mas as fragilidades da lei acabam beneficiando esses meliantes que aterrorizam a vida das pessoas de bem.
Roubo combinado pelo Messenger
Em um dos celulares que estava em poder de um dos menores os policiais descobriram uma troca de mensagens, com outros criminosos, articulando um novo roubo, que aconteceria “de dia msm”, ou seja, “de dia mesmo” em uma joalheria localizada no centro de Descalvado.
Certamente essas trocas de mensagens irão corroborar para que esses dois sejam custodiados na Fundação Casa, e que os outros integrantes dessa quadrilha de assaltantes também sejam presos e enviados também para a Fundação Casa, ou para o sistema prisional, haja vista que um dos outros suspeitos é maior.
Resposta a sociedadeEssa sem dúvida é uma resposta a sociedade, pois apesar de os policiais terem o conhecimento da identidade dos bandidos, por força dos trâmites legais, não havia sido possível prendê-los anteriormente. Vale lembrar também que, apesar de ter havido boa fé na divulgação das imagens dos suspeitos, o fato acabou atrapalhando o trabalho de localização e detenção dos suspeitos.
Outro grave problema é a falta de estrutura, flagramos a Delegacia com vazamentos no telhado, viaturas quebradas e o telefone sem funcionar há aproximadamente duas semanas. Sem dúvida esses fatores também contribuem para aumentar ainda mais a dificuldade do trabalho de investigação.
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