Mãe procura a polícia após bebê ser mordido 13 vezes em creche do Jardim Albertina

Mãe procura a polícia após bebê ser mordido 13 vezes em creche do Jardim Albertina

Webmaster 17/02/2016 - 13:01
A Polícia Civil de Descalvado vai instaurar inquérito para apurar o caso de uma criança de dez meses que levou 13 mordidas na Creche Municipal do Jardim Albertina. A mãe da menina registrou o boletim de ocorrência na manhã desta quarta-feira [17] e a criança deve passar por exame de corpo de delito nas próximas horas.

Segundo a mãe, a menina foi mordida por duas crianças de 2 anos na tarde de terça-feira [16], enquanto estava em uma casa de bonecas. No momento das mordidas, havia uma monitora na sala cuidando de 12 alunos e uma funcionária trocando um bebê.

As outras duas profissionais estavam no horário de descanso. “Você imagina você sair 6h30 para trabalhar e, na hora em que você chega, encontrar sua filha com o corpo todo marcado”, disse Joelma Valério.

A mãe contou que a filha já havia sido mordida uma vez, na bochecha, mas não levou o assunto adiante porque sabe que isso pode acontecer em um ambiente com crianças. Dessa vez, porém, optou por procurar a polícia.

“Agora eu fico com medo porque não é a primeira vez que acontece, já é a segunda vez. Então fui atrás dos meus direitos, quero saber o que aconteceu, aonde vai chegar isso”, disse. “Que não aconteça mais, não só com a minha mas com as outras crianças também”.

Creche
Elisângela Figueiredo, diretora da creche, contou que a menina é calma e os funcionários não a ouviram chorar. Também disse que assim que o problema foi percebido a direção foi avisada e os pais, acionados.

“Tudo o que a unidade pôde fazer para assistir no momento foi realizado. Também enquanto gestora já orientei as monitoras da sala tanto verbalmente como por escrito, os funcionários envolvidos, e também já foi entregue na secretaria de Educação um relatório”, afirmou.

“Como são todos funcionários efetivos, a Prefeitura e a secretária que vão tomar as decisões quanto a elas continuarem trabalhando ou não”.

Conselho Tutelar
Conselheiros tutelares foram com os pais até o pronto-socorro e orientaram a mãe a registrar o boletim de ocorrência contra a escola. Os profissionais também vão prestar atendimento psicológico para os familiares e para a criança.


Retorno
A secretária de Educação Rute Maria Pozzi Casati informou que vai abrir uma sindicância para analisar os fatos e que irá ouvir professoras, monitoras e a equipe de limpeza. Segundo ela, a sindicância vai avaliar e tomar as devidas providências jurídicas.

O delegado responsável pelo caso, João Alaor Garcia, disse que já está instaurando o inquérito para apurar a denúncia e deve ouvir depoimento das funcionárias da escola nos próximos dias. Segundo ele, o resultado do exame de corpo de delito ficará pronto em 30 dias.

O Boletim de Ocorrência foi registrado como maus-tratos, pois era de responsabilidade da escola a guarda da criança. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, a pena para casos como este é de dois meses a um ano, sendo agravado em um terço da pena, pois a vítima é menor de 14 anos.

G1
Logo do Facebook Deixe seu comentário