Prefeitura de Analândia põe terrenos à venda para pagar os funcionários

Prefeitura de Analândia põe terrenos à venda para pagar os funcionários

Webmaster 27/11/2015 - 10:33
Objetivo do município é arrecadar pelo menos R$ 300 mil com a medida.
Áreas ficam em loteamento de chácaras e têm até 1,2 mil metros quadrados.




A Prefeitura de Analândia vai vender terrenos para arrecadar verbas para o pagamento de funcionários. Segundo a administração, a dívida do município chega a R$ 1,9 milhão e, apesar da campanha de refinanciamento, 30% dos contribuintes estão inadimplentes, o que prejudica o caixa da cidade.

O objetivo da Prefeitura é arrecadar pelo menos R$ 300 mil para o pagamento do INSS e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço [FGTS] dos servidores, mas a medida não agrada todos os moradores.

As áreas à venda ficam em um loteamento de chácaras. São 13 lotes de 800 a 1,2 mil metros quadrados entregues por moradores que deviam o Imposto Predial e Territorial Urbano [IPTU] e todos serão oferecidas em concorrência pública.

“No leilão, são dados lances na hora e, na concorrência pública, não. O lance já vai em um envelope lacrado e o maior lance que tiver no dia, na abertura, é o que vai ganhar”, explicou Adriana Batista Alves, presidente da comissão de licitação.

“Não dá para vender terreno para pagar o funcionário. Eu acho que não era para vender, era para formar casas para a população que precisa”, opinou o encarregado de fazenda Jorge Pereira da Silva.

Inadimplência
Com 30% dos contribuintes em débito, o município propôs em setembro o refinanciamento das dívidas, mas a medida não teve o retorno esperado e a administração optou pela venda dos lotes para arcar com os compromissos com os funcionários.

“A gente abriu o Prefis, que é um incentivo para as pessoas virem pagar até dezembro, só que até hoje só pagaram R$ 53 mil”, contou o tesoureiro da Prefeitura, Wagner Garcia Pintor.

Ele disse ainda que a receita do município também caiu desde 2014, o que agravou a situação. “Houve uma aprovação, pela Câmara, que fossem tiradas as taxas de limpeza e conservação, e isso gerou uma perda de receita em torno de R$ 500 mil por ano, R$ 1 milhão que a gente poderia ter em caixa hoje e a gente não tem”, afirmou.


G1

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