Numa parceria do Museu Público Municipal e Associação dos Amigos do Museu AMU, contando ainda com as parcerias da Secretaria de Educação e Cultura e Unicastelo, os 112 anos de Nhô Totico serão comemorados com uma volta ao passado.
No próximo dia 14 de maio, a partir das 19h, na sede da Unicastelo, haverá a exibição do documentário “Nhô Totico, risos e tipos”, sendo procedido de uma roda de conversas sobre a vida do radialista e humorista descalvadense.
De acordo com informações da organização, a abertura do evento contará com a participação da Escola de Música Maestro "Quique Todescan".
A entrada é gratuita.
SOBRE NHÔ TOTICO - Vital Fernandes da Silva nasceu em Descalvado, em 11 de maio de 1903. Último de seis filhos da italiana Adelina Mandelli da Silva e do baiano João Fernandes da Silva, logo ganhou o apelido de Totó. Desde muito jovem tinha tendências para as artes influenciado por seu pai. João era um músico hábil que tocava vários instrumentos, mas adorava o violão.
"Ele criou a Escolinha da Dona Olinda, uma professora de bons modos, no Rádio, na década de 30. Entre os alunos, havia o "Minguinho, flor de estufa", o filho do doutor; Mingote, o nordestino; Mingau, o italiano; Seu Jorge, o preto velho; Sebastião, o caipira; Soko, o japonês; e Manuel, o português", de acordo com Piovezan e Solato 1992, p. 74", conforme citação do livro "A ideologia da Escolinha do Professor Raimundo", de Roberto Ramos.
Houve uma passagem interessante que levou Nhô Totico a prestar esclarecimentos ante as autoridades policiais do governo de Getúlio Vargas. Em um de seus programas um dos personagens pergunta a um agricultor porquê seus tomates eram tão grandes e vermelhos. O outro respondeu que era porque ele fazia os tomateiros ouvirem a Hora do Brasil. Seus programas eram ao vivo, no pequeno auditório da Rádio. Gesticulava e se movimentava no palco de acordo com o personagem, quando chegava a atirar-se ao chão, dramatizando a cena.
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