São Carlos adquire aparelho mais preciso no tratamento contra o câncer

São Carlos adquire aparelho mais preciso no tratamento contra o câncer

Webmaster 05/02/2015 - 07:50
Máquina de radioterapia consegue localizar o tumor com mais eficácia.
Nº de pacientes atendidos na Santa Casa subiu de 60 para 80 por dia.



O avanço no tratamento contra o câncer no interior do Estado de São Paulo é crescente. São Carlos (SP) é a primeira cidade a ter uma máquina de radioterapia que consegue localizar o tumor com mais precisão. O tratamento é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, com isso, o número de pacientes atendidos na Santa Casa do município subiu de 60 para 80 por dia.

A máquina teve valor de U$ 2,5 milhões, custeados por doações e arrecadação pelos serviços médicos prestados a pacientes do SUS e de convênios. Outra parcela do dinheiro veio do Centro de Radioterapia. Moradores de outras cidades que desejarem se tratar com o novo aparelho devem pedir encaminhamento ao médico que acompanha o caso.

“A gente sabe que há uma deficiência no país de 240 a 250 máquinas de radioterapia. As filas estão enormes e muitos pacientes aguardando o tratamento. Com isso, a gente consegue atender melhor e um maior número de pessoas não só da cidade, mas de todo o estado”, disse o radioncologista Flávio Guimarães.

Imagens são captadas enquanto a máquina gira em volta do paciente. Assim, é possível encontrar o local exato do tumor e a radiação é feita sem atingir as áreas saudáveis do corpo. Com a máquina, o procedimento é feito mais rapidamente causando menos efeitos colaterais no paciente. A sessão, que antes durava cerca de 25 minutos, agora não passa de 13 minutos.

Essa nova forma não é tão invasiva e aumenta a qualidade de vida. “Um pouquinho só de sonolência, mas também é coisa rápida e a gente vai levando uma vida normal”, comentou a aposentada Clélia Thereza Otaviano Pereira.

Facilidade
Antes, muitos pacientes tinham que ir até São Paulo para ter acesso a esse tratamento. Era o que fazia a professora Maria Beatriz Ambrosio. Ela mora em Sertãozinho (SP) e viajava mais de 300 quilômetros para se tratar na capital. “Melhora a qualidade, além de ter todos os recursos que eu encontraria apenas em São Paulo”, relatou.

Facilidade também para o agropecuarista José Janine. Ele é de Araraquara e está tratando um câncer no pulmão. Quando descobriu a doença, se sentiu mais tranquilo em saber que poderia fazer a radioterapia na região. “Só a palavra já assusta qualquer paciente, agora imagina você se encontra em uma dificuldade, a longa distancia para se tratar? Então isso foi muito bom para nós”, disse.



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