Lei fica no papel e veículos continuam abandonados nas ruas de São Carlos

Lei fica no papel e veículos continuam abandonados nas ruas de São Carlos

Webmaster 22/01/2015 - 07:59
Proposta de remoção foi aprovada em fevereiro do ano passado na cidade.
Segundo a Secretaria de Governo, a norma foi considerada impraticável.



O projeto de lei que permite recolher carros abandonados ou sem condições de circulação, aprovado em fevereiro do ano passado em São Carlos (SP), ainda não saiu do papel. Segundo a Secretaria de Governo, a norma foi considerada impraticável e o vice-prefeito Cláudio di Salvo vai ser reunir com o vereador que criou a proposta e com o secretário de Transporte e Trânsito para que o texto seja revisado. O encontro, porém, ainda não tem data para acontecer e, enquanto isso, o abandono gera reclamação nas ruas da cidade.

No Jardim Paulistano, o carro parado na Rua Juliano Parolo está sem pneus e sem a placa da frente. A poucos metros, na Rua José Favoretto, há outro veículo sem condições de andar. “É do meu filho. Ele pretende arrumar, mas não tem condição, mas a gente tem que dar um jeito de tirar, sim. Faz uns seis meses ou mais que está parado”, revelou o aposentado Durval Thomaz.

No Parque Delta, outro veículo abandonado. “Está aí largado, não se sabe quem é o dono, não se sabe nada”, afirmou a dona de casa Rosana Monteiro. Como ela, outros moradores se preocupam com a situação, principalmente com a possibilidade de acidentes.

“A iminência do perigo é muito forte. por diversas vezes eu tive que frear o meu carro porque estava vindo carro de frente, para não bater”, relatou o químico Edilson Milaré sobre as situações provocadas pelo abandono de um veículo na esquina da Rua Professor Abílio Rodrigues com a Otávio Boró.

Projeto
A Câmara Municipal aprovou o projeto de lei em fevereiro do ano passado. O documento prevê a remoção, o depósito e a venda de veículos abandonados há mais de cinco dias. Podem ser apreendidos carros sem placas ou pneus ou com qualquer característica que demonstre o abandono.

Segundo o texto, o dono do carro apreendido tem até 60 dias para recuperar o veículo e, se ninguém aparecer, o modelo vai a leilão. Mas até hoje a lei não foi sancionada pelo prefeito e os modelos se acumulam tanto nos bairros afastados quanto na região central. “É um absurdo, é um descaso da comunidade e do poder público, que não faz nada”, desabafou Milaré.


G1

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