Prefeitura de Conchal, SP, intensifica combate à febre maculosa após morte

Prefeitura de Conchal, SP, intensifica combate à febre maculosa após morte

Webmaster 22/01/2015 - 07:59
Estudo apontou a presença de carrapatos contaminados em pontos da cidade.
Veterinário enumera cuidados necessários para evitar proliferação da doença.



A Prefeitura de Conchal (SP) intensificou o combate à febre maculosa após a morte de Benedito Donizete de Souza, de 48 anos. Uma pesquisa realizada por equipes de controle de endemias de Campinas depois do caso fatal comprovou a presença do carrapato transmissor da doença em vários locais da cidade e levou o município a adotar medidas para evitar novas ocorrências.

Benedito morreu após sentir fraqueza e apresentar febre alta. Ele foi levado ao hospital, onde os médicos suspeitaram de dengue e passaram a solicitar um leito em unidades de terapia intensiva (UTI) da região. “Conseguiram vaga em Araras, mas já era tarde”, disse o irmão Celso de Souza. Ele acredita que Benedito foi picado em outubro, quando carpia o mato na chácara onde trabalhava com o pai e onde capivaras passavam a noite.

Depois da morte do lavrador, funcionários da área da saúde ficaram preocupados e entraram em ação. Foi realizado um levantamento em lugares de maior risco, como as áreas rurais e o lago municipal, que abriga mais de 70 capivaras, e o resultado constatou a presença do carrapato estrela contaminado com a bactéria Rickettsia rickettsii, responsável pela febre maculosa.

Foram distribuídas placas que alertam a população e equipes da Prefeitura foram acionadas para cortar o mato de áreas verdes pelo menos uma vez por mês. Além disso, a Secretaria de Meio Ambiente pediu ao departamento dedicado à fauna do Estado de São Paulo orientações sobre o manejo correto das capivaras e a instalação de cerca no rio de onde elas vêm. “No nosso parque existem alguns animais que a Prefeitura trata, então as capivaras vêm até aqui com o intuito de se alimentar”, explicou a engenheira ambiental Bruna Fadel Tarossi.

Enquanto o espaço, que recebe diariamente mil pessoas, não é cercado, é preciso tomar algumas medidas para evitar a contaminação. “Venha com roupas mais claras, use meias e evite ficar sentado por períodos prolongados na beirada do lago até que a gente consiga controlar a quantidade de capivaras”, aconselhou o veterinário Júlio Cesar Galdino.


G1

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