Um dos principais insumos –senão o principal – de um lava-rápido de carros é a água. Diante da crise hídrica que atingiu o Estado de São Paulo nos últimos meses, o empresário Elton Rodrigo dos Reis, proprietário do Centro de Embelezamento Automotivo, decidiu colocar em prática um projeto antigo que tinha para o seu negócio: aproveitar a água de chuva. Depois de muita pesquisa na internet, Elton montou a estrutura do seu estabelecimento no centro de Leme, SP, investindo R$4,7 mil.
Calhas feitas de cano de PVC levam a água que cai nos telhados (inclusive de um vizinho) para um filtro que retira areia, folhas e outros resíduos maiores. Do filtro, a água vai para um reservatório de capacidade para cinco mil litros de onde é bombeada por uma bomba simples para um reservatório menor (mil litros) que abastece o sistema de alta pressão para lavagem dos carros. O que mais encareceu o sistema foi o filtro que custou R$1,2 mil. “Preferi investir num filtro de boa qualidade a fim de evitar danos e prejuízos ao compressor”, explica o empresário.
Embora o sistema, instalado há pouco mais de 20 dias, não supra todo consumo médio diário do lava-rápido, que é de 1.700 litros, Elton espera reduzir a conta de água em até 25%, especialmente nos meses do verão quando as chuvas são mais intensas. O retorno do investimento virá a médio prazo, dependendo do volume de chuvas principalmente dos meses do outono e inverno. Nos cálculos do empresário, ele recuperará o que investiu em 36 a 45 meses.
Ele ainda tem outro projeto ecológico para o seu negócio: quer reaproveitar a água utilizada na lavagem dos panos, escovas e esponjas na descarga dos banheiros. “O objetivo não é apenas reduzir custos, mas fazer a nossa parte como empresa e cidadãos para ajudar a sociedade a poupar os recursos naturais”, explica o empresário.
Saecil/Leme/http://www.reporternaressi.com.br/
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