Homem é preso por agredir mulher com facão no dia em que Lei Maria da Penha completa 8 ano

Homem é preso por agredir mulher com facão no dia em que Lei Maria da Penha completa 8 anos

Webmaster 07/08/2014 - 16:00
A Polícia Militar prendeu na tarde desta quinta-feira (07), DGS de 23 anos pelo crime de violência do doméstica, justamente no dia em que a Lei Maria da Penha completa 8 anos de existência.

De acordo com as informações do Boletim de Ocorrência Policial, sua esposa DSC de 20 anos chegou em casa com seu filho mais velho, e um simples desentendimento pela demora em abrir o portão foi o estopim da discussão e posterior agressão com o facão.

Corno não
A esposa havia ido ao médico e ao chegar encontrou o portão da cada fechado, sendo assim chamou por várias vezes pelo esposo, que estava dormindo. Após algum tempo DGS foi até o portão e ali se iniciou uma discussão devido a demora do marido e segundo ele, sua esposa começou a ofende-lo na rua, chamando-o dentre outras coisas de corno. Ao entrarem dentro da casa, o marido começou a agredir a esposa com socos e chutes, e como se isso não fosse o bastante, ele foi para fora e voltou munido de um facão, começando a bater nela com a ferramenta. As pancadas foram na perna e nos braços da esposa, que acabou se ferindo na lâmina do facão

Não pagou a fiança
A esposa foi atendida no Pronto Socorro, onde recebeu os devidos cuidados médicos, já DGS foi levado a Delegacia onde foi preso em flagrante por violência doméstica. Esse crime prevê o pagamento de fiança, sendo assim a autoridade policial lhe arbitrou o valor de um salário mínimo e meio. Como o pagamento não foi feito ele foi encaminhado a cadeia pública de São Carlos.

Lei Maria da Penha completa 8 anos com conquistas importantes no país

A Lei Maria da Penha acaba de completar oito anos. A lei não acabou com a violência doméstica, mas garantiu várias conquistas importantes.

Em oito anos de existência, a Lei Maria da Penha deu mais garantias às mulheres contra a violência doméstica.

Os serviços de proteção foram ampliados em todo o país. O número de centros especializados subiu de 92 para 231; o de casas de abrigo cresceu de 62 para 78; as delegacias da mulher e os núcleos de atendimento aumentaram de 328 para 500 e o de juizados e varas subiu de 19 para 100.

A ampliação dos serviços de proteção tem efeitos práticos e psicológicos. Com uma rede de apoio mais presente, segundo especialistas, a mulher está se sentindo mais encorajada, mais segura para tentar quebrar o ciclo da violência. O reflexo disso: cresceu em 20% o número de mulheres que já fazem a denúncia na primeira vez em que são agredidas.

“Depois da Lei Maria da Penha, criada em 2006, tivemos emissão de 370 mil mandados de medidas protetivas. Significa que houve uma grande quantidade de mulheres que deixaram de correr risco por estarem em situação de violência”, explica a secretária executiva da Secretaria Nacional de Política para mulheres, Lourdes Maria Bandeira.

O meio mais utilizado é o ligue 180. Em 42% dos casos registrados foi identificado o risco de morte. A central de atendimento, desde o mês passado, virou um disque-denúncia.

Os casos mais graves de violação agora podem ser encaminhados direto para o Ministério Público ou para a polícia, mas as estatísticas mostram que existe um longo caminho a percorrer.

A cada quatro minutos uma mulher é vitima de violência no Brasil, mas quando a mulher denuncia o agressor, a vida dela costuma mudar para melhor. “É maravilhoso... É como se eu ´tivesse´ presa e ´tivesse´ me soltado. Eu me libertei e sou muito feliz”, diz uma vítima.

Apesar de todas as conquistas das mulheres, os dados sobre violência ainda assustam. Mais da metade da população conhece pelo menos uma mulher vítima de violência doméstica e 56% dos homens reconhecem ter cometido algum ato de violência contra suas parceiras.


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