Pirassununga: Mulher é condenada a 19 anos por mandar matar o marido usineiro

Pirassununga: Mulher é condenada a 19 anos por mandar matar o marido usineiro

Webmaster 24/04/2014 - 08:48
Rapaz contratado para executar o crime foi condenado a 16 anos e 4 meses.
Homicídio ocorreu em 2009 em Pirassununga e amante também é suspeito.

A mulher do usineiro Flávio Daniel Baldin, de 34 anos, morto a tiros em 2009, foi condenada a 19 anos e 20 dias de prisão após ser considerada a mandante do crime. Josilene Aparecida da Cruz Baldin foi a júri popular na terça-feira (22), em Pirassununga (SP). Já Rafael Guimarães do Nascimento, contratado para assassinar o usineiro, foi condenado a 16 anos e quatro meses, também em regime fechado. Os advogados dos réus afirmaram, ao final do julgamento, que vão recorrer da decisão.

Rodrigo Vilela da Silva, apontado como amante de Josilene, e Diego Anderson Mosselin Barbelli, primo dela, acusados de intermediar o crime vão a Júri popular apenas no dia 26 de junho, já que o julgamento foi desmembrado.
Josilene foi encaminhada para a Penitenciária Feminina de Campinas e Rafael para a Penitenciária II de Itirapina, locais onde ambos já estavam presos.

O crime
Flávio Daniel Baldin, então diretor da usina Baldin Bioenergia, foi assassinado a tiros no dia 18 de fevereiro de 2009. O corpo foi encontrado dentro do carro dele, em uma estrada de terra que liga Pirassununga a Aguaí.

Inicialmente, a polícia levantou a hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte, mas as investigações apontaram que o crime foi encomendado pela mulher do empresário e pelo amante Rodrigo da Silva, então porteiro do condomínio onde morava o casal. Entre as provas, estavam gravações telefônicas entre o porteiro e Nascimento, o suposto autor dos disparos, que cobrava pelo serviço.

Em uma das conversas, Josilene afirmou para o amante que já teria pago o combinado, segundo a polícia. “Pelo amor de Deus. Já completou 20 [R$ 20 mil] faz tempo”, dizia a mulher nas escutas. Ainda segundo a polícia, imagens de Josilene em uma agência bancária, no mesmo dia em que os depósitos foram feitos, também são evidências de que ela foi uma das mandantes do crime.

Julgamento
Os parentes e o advogado de Josilene foram os primeiros a chegar ao Fórum na manhã de terça. O julgamento começou pouco antes das 10h e teve 12 horas de duração. Nenhuma testemunha foi apresentada pela defesa e pela acusação. Dos 25 jurados convocados, sete foram definidos em sorteio para compor o conselho de sentença.

O advogado de Josielene, Paulo Roberto da Silva Passos, afirmou antes da sessão que as informações não são suficientes para incriminá-la e que ela é inocente. “Não existe em nenhum momento, nesse contexto das escutas, uma ligação de Josilene com qualquer homicídio”.

Já para a Promotoria, não há dúvidas da participação dela. “Coma ss escutas e todo o acervo probatório, seja prova documental, seja testemunhal, seja através da voz da Josilene, a gente tem absoluta certeza do quanto ela desejou e executou, como mandante, a morte do Flávio” afirmou o promotor de Justiça, Luís Henrique de Almeida.

Josilene foi trazida da Penitenciária Feminina de Campinas e chegou em Pirassununga por volta das 9h30. Rafael Guimarães do Nascimento, que estava na penitenciária II de Itirapina, chegou logo em seguida.

O advogado de Nascimento preferiu não dar declarações. Parentes do usineiro também evitaram a imprensa.

G1

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