Acusada de mandar matar ex-marido usineiro é julgada em Pirassununga

Acusada de mandar matar ex-marido usineiro é julgada em Pirassununga

Webmaster 23/04/2014 - 09:12
Sentença de acusado de fazer disparos também sairá nesta terça-feira (22).
Crime ocorreu em 2009 e polícia também apontou participação de amante.



Começou nesta terça-feira (22), no Fórum de Pirassununga (SP), o julgamento de Josilene Aparecida da Cruz Baldin, acusada de mandar matar o ex-marido, o usineiro Flávio Daniel Baldin, de 34 anos, em 2009. Também está sendo julgado Rafael Guimarães do Nascimento, que é acusado do assassinato. O amante de Josilene, Rodrigo da Silva, que também teria envolvimento com o crime, será julgado em julho.

O crime
Flávio Daniel Baldin, que era diretor da usina Baldin Bioenergia, foi assassinado a tiros no dia 18 de fevereiro de 2009. O corpo foi encontrado dentro do carro dele, em uma estrada de terra. Inicialmente, a polícia levantou a hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte, mas as investigações apontaram que o crime foi encomendado pela mulher do empresário e pelo amante Rodrigo da Silva, então porteiro do condomínio onde morava o casal. Entre as provas, gravações telefônicas entre o porteiro e Nascimento, o suposto autor dos disparos, que cobrava pelo serviço.

Em uma conversa, Josilene afirma para Rodrigo que já teria pago o combinado, segundo a polícia. “Pelo amor de Deus. Já completou 20 (R$ 20 mil) faz tempo”, dizia a mulher nas escutas. Ainda segundo a polícia, imagens de Josilene em uma agência bancária, no mesmo dia em que os depósitos foram feitos, também são evidências de que ela foi uma das mandantes do crime.

Julgamento
Os parentes e o advogado de Josilene foram os primeiros a chegar ao Fórum. O julgamento começou por volta de 10h, e nenhuma testemunha foi apresentada pela defesa e pela acusação. Dos 25 jurados convocados, sete foram definidos em sorteio para compor o conselho de sentença. A previsão é o julgamento dos dois termine ainda nesta terça-feira.

O advogado de Josielene, Paulo Roberto da Silva Passos, afirmou que as informações não são suficientes para incriminá-la e que ela é inocente. “Não existe em nenhum momento, nesse contexto das escutas, uma ligação de Josilene com qualquer homicídio”. O advogado disse que vai expor o que aconteceu em plenário.

Já para a promotoria, não há dúvidas da participação dela. “As escutas e todo o acervo probatório, seja prova documental, seja testemunhal, seja através da voz da Josilene, a gente tem absoluta certeza do quanto ela desejou e executou, como mandante, a morte do Flávio” afirmou o promotor de Justiça, Luís Henrique de Almeida.

Josilene foi trazida da Penitenciária Feminina de Campinas e chegou em Pirassununga por volta das 9h30. Rafael Guimarães do Nascimento, que estava na penitenciária II de Itirapina, chegou logo em seguida.

O advogado de Nascimento preferiu não dar declarações. Parentes do usineiro também evitaram a imprensa e advogado da família afirmou que só vai se pronunciar após a sentença.

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