Aeronave de São Carlos vai ajudar na conservação da Mata Atlântica na BA

Aeronave de São Carlos vai ajudar na conservação da Mata Atlântica na BA

Webmaster 24/01/2014 - 11:22
Veículos não tripulados serão usados para registrar imagens de parque.
Vant pode voar até 5h com 5L de gasolina e tem alcance de 3 mil metros.




Uma tecnologia desenvolvida em São Carlos (SP) vai ajudar na conservação da Mata Atlântica na região Nordeste do Brasil. Veículos aéreos não tripulados, os vants, serão usados para registrar imagens aéreas e auxiliar no monitoramento de área de preservação ambiental em Porto Seguro (BA).

O Nauru 500A foi desenvolvido para ser usado no monitoramento ambiental e agrícola. A estação de controle e uma antena no solo comandam o equipamento. “Dessa forma conseguimos planejar a ação que vai ser executada, por exemplo, define os pontos de passagem da aeronave e o mapeamento é feito de forma automática”, explicou o diretor Giovani Amianti.

A missão é sobrevoar e proteger 19 mil hectares de Mata Atlântica e, Porto Seguro (BA). “Ter o olhar lá de cima pode facilitar muito o nosso trabalho de proteção, detectando ponto de desmatamento ou qualquer outra ocorrência ambiental”, comentou o chefe do Parque Nacional do Pau Brasil, Fábio André Farado.

No compartimento em que vai a câmera a visão é a mesma de um piloto e mesmo não tripulado tem até paraquedas, que abre sozinho em caso de problema mecânico ou elétrico no ar. “Se fundir o motor ele abre o paraquedas, a questão primária é proteger as pessoas em solo e o tráfego aéreo”, comentou Amianti.

Capacidade
O avião fabricado em São Carlos pode voar até cinco horas, com um tanque de cinco litros de gasolina, tem alcance de 3 mil metros acima do nível do mar, e pode sobrevoar em um raio de até 30 quilômetros de distância da base. Ele gera em torno de 500 fotos semelhantes a imagens de satélite. “Com essas fotos é possível fazer um mapeamento, ou seja, um mapa com uma resolução muito maior, chegando a dez vezes a imagem de um satélite”, explicou.

Para Farado, a nova tecnologia é fundamental. “É uma tecnologia que até reduz os custos de operação que nós temos hoje na fiscalização das áreas protegidas, já me indica exatamente no solo onde está a ocorrência, seja ela qual for, e assim é muito mais fácil deslocarmos uma equipe de operações para as áreas detectadas”, disse.

Uma equipe do Instituto Chico Mendes, que cuida do parque nacional, está em treinamento. Eles estão praticando pousos e decolagens e em fevereiro uma equipe da empresa responsável vai avaliar o desempenho deles e indicar se estão aptos ou não a usarem o vant na fiscalização. Atualmente no Brasil, seis aviões estão em atividade, com autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

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