Presença de mãe de menina morta deixa parentes de detentas inseguros

Presença de mãe de menina morta deixa parentes de detentas inseguros

Webmaster 16/01/2014 - 09:21
Presas de Tambaú teriam rejeitado suspeita de matar a filha em Mococa.
Delegado de cadeia de Tambaú nega e diz que clima é de tranquilidade.



Parentes das presas da cadeia de Tambaú (SP) estão preocupados com a presença da mãe da menina Íris, assassinada no dia 4 de janeiro em Mococa. Ana Paula Lima Milane, de 36 anos, é suspeita de envolvimento na morte da filha, assim como o padrastro, de 27 anos. Ambos negam. Os familiares dizem que o clima é de tensão porque as presas rejeitam a presença dela no local. O delegado responsável pela cadeia, José Guilherme Torres, nega a situação.

Ao todo, 27 mulheres dividem duas celas na cadeia anexa à delegacia de Tambaú. Duas estão grávidas. Ana Paula está isolada em um espaço que é usado quando há alguma prisão em flagrante na delegacia, a chamada cela de contenção.

O delegado responsável pela cadeia, José Guilherme Torres, negou que o isolamento tenha sido feito para evitar o contato de Ana Paula com as outras mulheres. Ele afirmou que esse é o procedimento quando há uma prisão temporária. Ele ainda disse que o clima é de tranquilidade no local.

Risco de rebelião
A dona de casa Aparecida Carvalho foi ao local nesta quarta-feira (15) para conhecer o neto Pedro, que nasceu na sexta-feira. A filha dela está presa há cinco meses. “Eu to rezando para o advogado tirar a minha filha daí. Vai que acontece alguma rebelião, o que acontece com o meu neto?”, disse.

O delegado Torres informou que as detentas grávidas continuarão no local e Aparecida já levou o neto para casa.
A irmã da cabeleireira Adriana Aparecida Morais também está presa. Ela veio de Hortolândia para a visita e está incomodada. “Eu nunca sei o que está acontecendo lá dentro. Eu acho que tem que deixar separado, porque pode acontecer coisa pior”, disse.

Prisão
Segundo o delegado do caso em Mococa, Wanderley Fernandes Martins Júnior, Ana Paula deve cumprir a prisão temporária em Tambaú. A expectativa é que ela fique detida até o fim das investigações. O padrasto da menina Sebastião Carlos Rodrigues, de 27 anos, está preso em Casa Branca e também é suspeito do crime.

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