Mãe denuncia queimaduras em bebê internado em hospital de Mogi

Mãe denuncia queimaduras em bebê internado em hospital de Mogi

Webmaster 18/12/2013 - 06:34
Criança apresentou reação alérgica a remédio administrado em hospital.
Direção do Luzia de Pinho Melo diz que medicação foi suspensa.


A dona de casa Ana da Silva Gusmão denunciou um possível erro médico no hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, que resultou em uma reação alérgica com aspecto de queimadura na pele de seu filho, de 11 meses. O bebê ficou internado na unidade médica em agosto, setembro e novembro, mas a mãe reclama que a criança recebeu alta sem que a unidade lhe desse qualquer documento ou laudo que comprove o estado de saúde da criança. A evolução do quadro alérgico foi fotografada pela mãe enquanto o bebê estava internado.

Ana conta que o filho Luan Gabriel da Silva Melo deu entrada no hospital com suspeita de pneumonia no dia 24 de agosto. “Começaram a administrar vancomicina, que é um antibiótico, e em 20 dias o aspecto da pele dele piorou muito. A pele foi ficando vermelha, descascando, ele ficou inchado. Reclamei na enfermaria, mas mesmo assim eles continuaram a medicá-lo”, conta a mãe.

A mãe começou a fotografar o filho todos os dias. Nos primeiros sintomas, a criança ficou com os braços inchados e a barriga vermelha. Nos outros dias, a pele da criança começou a descascar, causando feridas na barriga e no rosto.

Quando a situação ficou mais grave, a criança foi transferida para o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe). Ele chegou à unidade no dia 3 de outubro, onde permaneceu até o dia 27 do mesmo mês. “O próprio hospital quis transferir porque não conseguiam controlar mais a reação alérgica. Me pediram para dizer que meu filho sofreu queimaduras em casa, porque só assim ele conseguiria vaga em outro hospital. Em São Paulo ele deu entrada como caso de queimadura em casa. Ficou lá por 24 dias e voltou para a unidade de Mogi”.
No Luzia de Pinho Melo, a criança voltou a ficar internada entre os dias 27 de outubro e 25 de novembro. “O problema é que meu filho recebeu alta e não me deram nenhum documento, resumo de internação ou laudo para que eu continue com o tratamento dele. Ele precisa de vários especialistas como dermatologista, neurologista, alergista. Estou desesperada.”

Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informou que a direção do Hospital de Clínicas Luzia de Pinho Melo lamenta o ocorrido com o paciente e afirmou que durante o período em que o bebê esteve internado na unidade para tratar alguns problemas respiratórios foi constantemente atendido e acompanhado pela equipe médica do hospital. "Vale ressaltar que não é possível relacionar a alergia do paciente com a utilização de qualquer medicamento. De qualquer forma, é imprescindível deixar claro que para preservar a segurança dele, a medicamentação foi suspensa no mesmo momento em que começaram aparecer as primeiras manchas. Durante todo período em que o paciente esteve no Luzia, ele foi acompanhado por um equipe altamente especializada e capacitada de dermatologistas", acrescentou.

O hospital ainda informou que "a transferência do paciente ao Iamspe foi solicitada pelo próprio Luzia, visto que o Hospital do Servidor é referência no Estado no tratamento do tipo de problema dermatológico apresentado pelo paciente. O Luzia ainda esclarece que o paciente segue em atendimento ambulatorial no Iamspe e no Luzia. Inclusive, ele passou por uma consulta especializada no hospital de Mogi na especialidade de pediatria no dia 2 de dezembro. Por fim, a direção do Hospital se coloca à disposição da família do paciente para quaisquer esclarecimentos adicionais".

G1

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